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Fanfic

Snowflake ~ O Pequeno Floco de Neve


Yooo minna!
Estava pensando se devia ou não... bom, a verdade eh que estou escrevendo um fanfic e como já estava postando  no Nyah Fanfiction, resolvi postar aqui um dos meus capítulos feitos.
Minha historia e sobre uma adolescente chamada Yuri Kawase. Uma aventura mágica e romântica!
Espero que gostem!
*w*






Capitulo 1.


Eu descubro ser uma guardiã



Em um mundo onde coisas estranhas acontecem você não pode deixar de se apegar a algo – ou alguém, conforme seja o caso – e esse “algo” tinha nome: Toshiro...

“Conta-se a história de Yuri Kawase, uma garota do colegial que desde a muito foi escolhida para essa missão. Não há como voltar atrás. Seu destino já foi traçado.”

...
Uma história não se começa com um Era Uma Vez... Ainda mais porque não há um conto de fadas nessa história.
Isso era para ser uma história normal sobre a vida de uma adolescente, mas coisas estranhas acontecem quando você lê demais ou quando está apaixonada. Mas no meu caso, coisas estranhas aconteceram por outro motivo...

Se histórias amorosas sobre adolescentes são, por muitos, consideradas clichês a minha não será a exceção.

– Opa! Desculpe...
– ah... n-não foi n-nada...

E assim começou a minha história.

O nome dele era Andrew, um garoto da minha sala no primeiro ano do colegial. Não éramos muito próximos, mas desde a primeira vez que eu o vi, pude sentir algo diferente... Como se uma química... Ou...
Era como Romeu e Julieta, mas o atraído nessa história não era ele, era eu.
Durante muito tempo tentei esconder isso, mas a verdade é que eu não era muito boa em camuflar sentimentos.

Eu era uma garota quieta e um tanto desastrada em relação à comunicação. Eu não apresentava nada fora do comum a não ser: meus olhos. Eles eram claros e supostamente indefinidos, sempre deixando uma impressão errada sobre mim.

Andrew era um mestiço muito observado pelas garotas da escola. Era irritante ter de disfarçar a minha admiração por ele. Eu me sentia impotente com isso, mas o que eu poderia fazer? O cúpido tinha me acertado.
Logo eu, que me dizia forte o suficiente para não ser cativada por alguém. Logo eu, que sempre desprezei aquelas garotas que ficavam tão desesperadas para se confessarem para o objeto amado. Logo eu, que desprezava todo o tipo de afeto...

Ele sempre se sentava no lado oposto da sala, a observar pela janela, e eu o observava admirando a sua capacidade de cativar tantas pessoas. Ele sempre estava feliz, pronto para ajudar os outros e isso fazia com que ele sempre fosse disputado.

Não era nada fácil prestar atenção às aulas, ainda mais com o pensamento solto da forma que o meu estava – “tenho que mata-las, todas elas”. Desde há muito tempo eu estava observando-o. Desde há muito tempo, e não parecia justo que todas o admirassem. Quer, dizer: Eu não achava justo.

Numa tarde, na segunda semana de aula do colégio Okaahota foi-nos sorteado novos lugares para o novo ano letivo. Não me preocupei em tirar algum número em especial. Nada importava.
– Pessoal, venham pegar os números para a troca de lugares! – disse o nosso representante de classe, Hanai Kenji.
Pude observar enquanto ele se distanciava de seu grupo de admiradores em direção à mesa do professor. Ele colocou sua mão sobre montes de papéis dobrados e puxou um. “5... o número é cinco” Pensei eu, com uma imagem esquisita na cabeça. Era como se meus olhos tivessem dado zoom naquela cena.
– Hey, Andrew – perguntou um de seus amigos – qual foi o seu número?
– Hum... CINCO.
Meu coração disparou ao ouvir aquilo. “Só pode ser coincidência. Não há como eu ter visto o número. Isso é coisa da minha cabeça...”. Eu estava tão mergulhada em meus pensamentos que nem notei quando chegou a minha vez de ir lá.

– Kawase... Ah... Venha retirar o seu lugar, por favor – disse Hanai.

Levantei-me e caminhando lentamente – pelo menos era isso o que eu sentia: como se o tempo estivesse passando em câmera lenta – cheguei á mesa do professor e mergulhei os meus dedos sobre aqueles montes de papéis. Senti o ar congelar, a sala ficou em silencio, como se o tempo tivesse parado.
Peguei um papel que estava dobrado exageradamente e me ocupei a desdobrá-lo. “19”.E mais uma vez, meu palpite foi confirmado.

Não estranhei muito, mas fiquei com isso na cabeça. Virei-me erguendo os olhos para o quadro negro que estava atrás de mim e passando os olhos pelos números espalhados dentro de um esquema simples de uma tabela, parei sobre o número cinco e olhando a sua esquerda, ao lado da janela, encontrei o dezenove. Por coincidência, sorte ou ironia eu passaria o ano escolar ao lado dele.

O dia foi tão... Leve. Tudo ao meu redor não tinha importância, e tudo isso porque eu me sentaria ao lado dele. Ao lado dele! Mas logo percebi que... Bom, que nada seria da maneira que eu imaginaria que seria por que o Andrew era do tipo de garoto sem expressão, ainda que bem animado e mesmo observando-o muito, não havia como decifrá-lo, ele não demonstrava o que estava se passando, e não falou comigo.

Quando me encaminhei para o meu novo lugar, passei ao lado da cadeira dele e ele simplesmente me olhou de canto e colocando a mão sobre o nariz – como se algo estivesse cheirando mal – virou a cara para o lado oposto.

Meus olhos se encheram de lágrimas e a minha admiração por ele pareceu se esvair naquele exato momento. Não havia nenhuma “química” entre nós, eu entendi naquele instante. O que eu julgava ser amor, não passava de desprezo e ódio. Não sei por que, mas julgando que eu não era natural de sentimentos, tinha confundido essas naturezas tão diferentes: amor e ódio.

Até que numa tarde quando estávamos saindo para o intervalo ele esbarrou em mim, fazendo com que todo o meu lanche experimentasse a força da gravidade.

– Desculpe-me - disse ele sem graça, ajoelhando-se para apanhar meu pacote de bolachas salgadas.

– imagina - disse eu toda envergonhada, agachando-me também.

Virei meu rosto com a intensão de olhá-lo nos olhos. Seria a primeira vez. Mas seus olhos estavam ocultos pelo cabelo oleoso que descia rebelde pela sua testa. O tempo congelou outra vez. Era esquisito presenciar isso. Só que dessa vez, pude perceber uma diferença: Tudo estava congelado, menos o Andrew. Seus cabelos voavam pela sala, em movimentos suaves... Negros como a noite e brilhantes como as estrelas. Lá fora, pude vislumbrar pessoas paralisadas com sorrisos de contentamento sobre o rosto e pela janela do corredor pude ver pássaros parados em meio a seu gracioso voo.
Arregalando os meus olhos o encanto se passou. Se era mesmo um encanto eu não sabia, mas parecia estar vivenciando uma cena de mangá.

Ele ergueu a cabeça e estendendo a mão para pegar a minha bolacha deixou a cai por cima da minha fazendo-me corar e sentir-me enjoada. Vi que ele ficou vermelho também, mas rapidamente retiramos as mãos. Ele se levantou em um salto, me entregou o pacote de bolachas e me disse rapidamente:
– Tchau. Ahn... Tenho que ir agora.
E se foi sem ao menos olhar para trás.
Os tempos que se seguiram depois do intervalo foram de um tédio indescritível e até os meus rabiscos não estavam amenizando a minha impaciência por tentar entender o que se tinha passado. Nunca nada assim havia acontecido comigo. O toque das mãos é claro, até que na penúltima aula, de biologia, a professora Yamamoto nos levou ao laboratório e nos fez formar duplas para uma atividade avaliatória. Todos da sala já tinham formado os pares e eu me senti envergonhada de saber que eu era a única que faria a atividade sozinha. Não que isso me incomodasse, mas eu já tinha escolhido um lugar no balcão ao fundo da sala quando a professora entrou de repente no laboratório na companhia de uma garota de mais ou menos um metro e sessenta, olhos e cabelos negros, pele clara e um olhar sério. A professora aponta o dedo em minha direção e de repente eu me sinto vítima de olhares curiosos. A sensei ainda cochicha alguma coisa no ouvido da garota de cabelos negros e em seguida a mesma garota marcha em minha direção. “Eu tinha planos para essa aula, sabia!” - pensei eu. O meu plano era o seguinte: a sala tinha 35 alunos e como teríamos que formar duplas eu esperava ficar com o Andrew - porque afinal de contas, mesmo sentindo um ‘ódio’ indescritível por ele eu estava tentada a lhe fazer companhia - e isso segundo os meus cálculos daria certo, porque o nerd da sala, Kitamura-kun, sempre fazia tudo sozinho, mas na última hora ele chamou o Andrew para formarem duplas...
A Garota de Aspecto-Meio-Esquisito sentou-se muito suave ao meu lado. Não me disse nada como cumprimento. Não liguei.
Estava certo que a atividade era em dupla, mas se não havia ninguém presente para fazer comigo o que eu poderia fazer? Estar com ela, naquele dia, foi a mesma coisa que estar com seu urso de pelúcia. Você sabe que ele está ali, mas você não nunca ouvirá a voz dele.
Voltei para casa pensando em como tirar o Kitamura-kun do caminho caso surgisse outra oportunidade como essa quando eu me toquei que a garota de cabelos negros que na hora disse se chamar Kawashima Ume estava a meio metro de mim, á caminho de casa, toda cintilante com o uniforme da escola – que era composto de saia e suéter. Por um momento eu parei e fiquei a admirando enquanto passava toda radiante por mim. Eu só queria saber como é que ela conseguia ficar tão bonita com aquela saia a cima do joelho, xadrez em preto e branco, com o suéter todo preto e aquela blusa branca maldita. Eu odiava usar saia... Não suportava ficar com o uniforme e tudo o que eu queria era uma revolução para que ele fosse abolido, mas ela parecia nem ligar pra isso, pelo contrário! Parecia gostar do uniforme... ‘igualzinha às outras garotas’ – foi o que pensei.
Enquanto alcançava o portão de casa pensava: “Sou uma garota com problemas”. Mas o que eu podia fazer? Primeiro, o cara de quem eu gostava não me dava à mínima – se é que eu gostava mesmo dele...; segundo, eu não tinha amigos na escola que frequentava e nem na rua onde morava. Era olhada de canto por quase todos da escola e era motivo de riso pelas garotas da animação de torcida...
Eu me odiava...
Um dia na aula de física eu estava aventurada em meus mais profundos pensamentos quando um papel voador me acertou na cara.
– Quem foi o idi.... Dizia eu enquanto me erguia até que fui interrompida.
– Sim? Kawase? – me olhou a professora de física, Yume.
– Não, é que...
– O que estava pensando para parar a minha explicação desse jeito? Disse ela com uma voz que me deu medo.
– Ah... Eu não tive a inten....
– Vejo que temos um problema aqui... Mas acho que umas conversinhas após as aulas te ajudaram a ter mais controle sobre sua boca desordeira. Quero você, na minha sala, após o último tempo. Sem falta.
Eu me perguntei o porquê disso agora. Eu já estava atolada em meus sentimentos mais profundos e complexos, e agora mais essa! “Não dá pra piorar” – pensei eu. Mas eu não sabia o que me esperava.
À tarde depois que todas as aulas acabaram, fui até a sala dos professores e me apresentei dizendo que a professora Yume queria falar comigo. Ela me recebeu normalmente e eu não pude ler o seu rosto. Ela me levou até uma sala separada ao fundo da sala dos professores. Um lugar um pouco apertado, parecia mais um armário de vassouras do que um escritório. Havia uma mesa atolada de papéis, duas poltronas em direções opostas e um armário de arquivos ao fundo da sala.
– Querida – disse ela gentilmente – Venho te observando ultimamente e reparei que você esta em “outro mundo” em minhas aulas.
Eu sabia do que ela estava falando, mas me fiz de desentendida para não dá uma de cara de pau.
– Como assim professora? Em “outro mundo”?
– Vejo que não me compreendeu. Kawase, em seu histórico escolar consta notas muito boas, mas agora... Bem, digamos que você esta relaxando.
– Ah... Sim, tudo bem – Comentei eu abaixando o rosto.
– Não te chamei aqui para que fique pior, mas para que tome consciência de que o que você esta fazendo está prejudicando você mesma!
Tudo bem. Mas o que eu não entendi foi o porquê dessas palavras. Sabe, segundo ela, há uns quatro tempos atrás, eu teria de dar um jeito nessa minha ‘boca desordeira’, mas o que ela falou não teve nenhum sentido... Fiquei pensando nisso até que ela me acordou.
– Kawase... Ela pronunciou meu nome com um tom de voz muito diferente. Era meio cortante...
– Sensei? Tudo bem com a senhora? Perguntei levantando meu rosto para encara-la.
– Não! Nada está bem! VOCÊ! APENAS VOCÊ É QUEM PODE ABRIR O PORTAL! Gritou ela, com um tom ensurdecedor.
– Portal? Do que estamos falando? Hey, pera aí, eu não vim aqui para resolver o meu problema com minha ‘boca desordeira’? Por que isso agora? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
Saltei da cadeira, enquanto ela saltava sobre mim. Tudo parecia girar dentro da minha cabeça. ‘Boca desordeira’. Portal. Apenas você. Abrir...
Corri para trás da mesa. Isso nos separou por alguns instantes, dando-me tempo para analisar a situação. ‘O que está acontecendo?’ – Era o que eu estava me perguntando. A professora parecia um ser de outro mundo. Seu aspecto jovial tinha sumido e seus olhos faiscavam de ódio e rancor.
– A guardiã... Você sabe qual é a combinação secreta! Abra o para mim! Meus irmãos estão suplicando...
– Do que a senhora está falando? Guardiã? Quem é guardiã do quê?
– PARE! Eu não tenho ordens diretas para acabar com você, mas tenho que confessar que está me custando muito ter de suportá-la! Você não sabe o quanto!
Vi suas unhas cresceram admiravelmente. Posso jurar que se algumas líderes de torcidas, ou até mesmo patricinhas, vissem aquilo morreriam de inveja. Grandes unhas perfeitas.
– Deixe-me ir – Disse eu formulando cada palavra como se aquilo fosse afetá-la.
Seus olhos faiscaram.
– Ah-ha. Deixá-la ir? Sem ao menos me certificar de que terei a sua palavra sobre a liberdade de meus irmãos? SE NÃO POSSO MATÁ-LA, VOCÊ TERÁ QUE JURAR PELA SECRET SNOWFLAKE!

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